Após um pequeno interregno os TSDcast estão de volta, sendo que para celebrar convidamos o Roosta assumir os comandos da quinquagésima-quarta primeira edição.
Take a step to Dub - Boas Roosta... tudo em ordem?
Roosta - Tudo!
TSD - Partindo do principio... quem é o Roosta e o que faz na vida?
R - O Roosta é um individuo de 24, nascido em Lisboa mas actualmente a viver em Namek.
Gosta de boa música, salsichas enroladas em couve lombarda e claro da sua rede social favorita, o youtube.
TSD - A partir de que momento é que a música começou a ser parte integrante da tua vida e que impacto tem nela?
R - Desde puto que me lembro de fazer longas viagens, onde os meus pais me cultivavam os tímpanos com Vangelis, Pink Floyd, Enya, Stevie Wonder, Madredeus e muitos outros. Sendo o meu avô paterno, um excelente músico no universo do jazz, acredito que o meu gosto musical nasceu destas influencias.
Sempre quis fazer musica e um dia quando um primo meu me sugeriu o fruity loops, abriu-se um mundo novo à minha frente ao qual não pude ficar indiferente. Comecei a fazer as minhas experiências sonoras, bebendo sempre dos meus estilos favoritos: Jazz, Bossa-Nova, Hip-hop, Garage, Dubstep , Drum n Bass, Funk e Soul.
A musica é tudo e tudo é musica... Durmo com ela, sonho com ela, rio-me com ela e até choro com ela. Fascina-me como a musica é capaz de alterar o nosso estado físico e mental, desde os subs que abanam os órgãos internos até às taças tibetanas que nos ajudam a meditar.
TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te cativou nele? Como vês o actual estado do universo dos 140 bpms?
R - Algures em 2008 foi-me dado a conhecer o Dubstep e como que de uma doença se tratasse, fui rapidamente infectado.
Todo aquele universo de subs, wobbles, melodias sombrias e batidas, deliciavam-me o cérebro de uma maneira que nenhum outro estilo musical fazia.
Uma entidade importante nesta fase foi a Warface, onde o Trio maravilha (Voodoo kid, Sinner e Vinz!) começaram a fazer festas de Dubstep, dando-me a oportunidade de conhecer muito bons artistas desconhecidos para mim na altura.
Desde os Ruskos e Caspas, aos Skreams e bengas, os 140 facilmente cresceram em mim, embora só tenha verdadeiramente experimentado o Dubstep no verão de 2013, no Outlook e Dimensions, onde a pressão sonora debitada pelos monstruosos P.A’s fizeram-me entender realmente o significado da expressão "Meditate on bass weight".
Após ganhar alguma maturidade auditiva, confesso que deixei de ouvir tanto aquelas malhas a "arranhar" e foquei-me bastante mais nas sonoridades chill e jazzys, embora claro, ainda tenha muito prazer em ouvir um bom roller mais pesado.
Uma referencia para mim : Walsh & Kromestar - Panik Room
TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que tem chamado atenção nos últimos tempos?
R - Sem duvida alguma que nesta lista têm que constar os pesos pesados Phaeleh e Synkro, duas das minhas maiores influencias.
Falando de cenas mais recentes devo realçar o B9 , Geode, toda a família Substruct, o mighty Freud, o Metrica (que vai lançar aí umas cenas das boas), Mercy, Jafu, and so on….
Fora dos 140 há uma sonoridade que me tem agarrado bastante, que é este regresso em força do jungle, mas a 130, reinventado por produtores como Etch, Liar, Benton, Tessela e companhia.
TSD - Quais são os teus objectivos para o futuro?
R -
- Continuar o meu projecto musical como Roosta (quem sabe lançar um álbum),
- Ajudar a família Warface a divulgar novas sonoridades pelo mundo! (seja nos eventos como no novo programa mensal na Radio Quântica),
- Apoiar os Scratchers Anónimos (um grupo de pessoas talentosas que partilham o gosto pelo turntablism!),
- Tocar com o Dehesa nos concertos de lançamento do seu novo álbum.
TSD - Qual a pergunta que nunca te foi feita e que gostavas que te fizessem?
R - Qual o teu video favorito do youtube?
Sendo que eu responderia:
TSD - Ultimas palavras?
R - Muito obrigado pelo Convite e um Big Big up a todo o trabalho que o "Take a Step to Dub" tem feito até hoje!
Obrigado!
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