segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

TSD Podcast 40 - Freud Entrevista + Mix


Take a step to Dub - Quem é o Freud?

Freud -
Boas, Freud é simplesmente um projecto que começou no final de 2011, com o objectivo apenas de fazer música electrónica, mais concretamente Dubstep music. 


TSD - Quando é que o djing e a produção entraram na tua vida? 

F - Quando acabei o último do secundário, tocava guitarra e sabia que queria trabalhar no mundo da música, então vim para Londres viver só porque era o único sitio que tinha o curso que queria fazer, neste caso Music Management & Studio Production, mal viria a saber que estava basicamente na Meca do Dubstep. 

Foi neste curso que conheci um dos meus mentores e melhores amigos , Jim Syte AKA DJ Syte. 

Sendo que foi através dele que comecei a dar os “primeiros passos” no mundo do Dubstep. Ele já era DJ há varios anos, tinha decks e ensinou me os básicos. 

TSD - E que impacto tiveram? 

F - De imediato comecei a querer ouvir mais e fazer mais música, fiz amizades com pessoas de vários países simplesmente porque partilhava-mos o mesmo amor pela cultura do Dubstep. 

TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele? 

F - Na altura em que cheguei a Londres , não gostava mesmo nada de Dubstep, para mim era Skrillex e Datsik, onde serrotes e apitos parecia ser standard em todos os sons, só me dava dores de cabeça. 

Lembro me de chegar a casa com o Jim Syte, e ele tinha acabado de receber o novo release de Biome, “Propaganda/DMT” , lembro me de pôr os heaphones e mal veio o drop , parece que fui teleportado para um outro mundo, os pads e os “growls” eram sons que nunca tinha ouvido antes e a maneira como o som fluía era único. 

Rapidamente apercebi me que o verdadeiro Dubstep , original do UK, é uma cultura única e nunca mais parei de ouvir. 

TSD - Como vês o actual estado do universo dos 140 bpms? 

F - Bastante vivo! 

Cada vez mais , diferentes influencias vão-se juntando , originando produções completamente diferentes. 

Especialmente produtores internacionais, que não tem contacto com a cultura no UK , são os que estão a levar o som para outras direcções, mesmo nos Estados Unidos onde o “brostep” acaba por ser associado com o Dubstep , existem editoras (Tuba) e produtores (Prism, Valor) a investir no mundo do Dubstep Underground. 

TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que te tem chamado atenção nos últimos tempos? 

F - Na vertente do Dubstep assim mais “Dark”, para mim Kaiju e Commodo são assim os que se destacam mais, tanto um como outro são produtores de alto nível que conseguem sempre surpreender positivamente. 

No que diz respeito a parte mais “Deep/Melodic” acho que , individualmente e como um grupo, Chord Marauders estão definitivamente no topo, só consigo descrever novo "Groove Booty" como “fresh and funky”. 

È para ter em conta também , a próxima geração de produtores que estão ainda na sombra mas que vão ser bastante importantes, nomes como Sub Basics(17 anos), Audialist (18 anos) e Rubrica (15 anos). 

TSD - Quais são os objectivos para o futuro? 

F - Há algum tempo atrás juntei me com o Paulo (Aphotic) e com o João (FuturisticWaves) e formámos uma editora independente que é a Substruct Audio, onde temos um colectivo de produtores de vários países e estamos a investir no lado mais “Deep” do Dubstep. 

Estou também a trabalhar num lançamento em vinil digital com a Dub Sundaes das Caldas da Rainha, que é uma editora determinada e sempre disposta a investir em bom som. 

TSD - Ultimas palavras? 

F - Quero agradecer ao pessoal do Mais Baixo e ao Ivo da Dub Sundaes por acreditarem em mim e na cultura ungerground do Dubstep; foi o meu 1º release e será sempre um dos mais especiais. 

Big shout to Deep Pres, foi ele que me ensinou a cultura do vinil and a big shout to Charlie (SIX) and Jim (Syte) for introducing dubstep into my life.



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