Este mês no TSDcast, temos nada mais nada menos do que o co-fundador da
Take a step to Dub - Quem é o Metrica?
Metrica - É um DJ, produtor e guitarrista nas horas vagas, crescido na zona saloia de Lisboa, que desde criança respira música.
Sempre disposto a explorar novas sonoridades e que descobriu o seu abrigo musical no lado mais soul e jazzy do espectro dos 140 bpms.
TSD - Quando é que o djing e a produção entraram na tua vida? E que impacto tiveram?
M - Antes da música em formato electrónico entrar na minha vida, era um adepto fanático de Metal (e era também daquelas pessoas que mal julgava a música electrónica) sendo que desde os meus 13 anos que toco guitarra e a necessidade de criar esteve obrigatoriamente presente.
A necessidade de produzir e criar apareceu primeiro naturalmente, assim que abri as portas para o mundo da música electrónica, em meados de 2010 onde comecei as minhas brincadeiras no Reason 5, programa que ainda hoje utilizo quando produzo.
O DJing apareceu depois, por brincadeira apenas, já em meados de 2012.
Desde que comecei a produzir teve um impacto forte no que toca à realização pessoal, o facto de criar algo completamente meu é algo que me fascina, sempre me imaginei como se estivesse a guiar uma orquestra, onde eu posso compor aquilo que eu quiser e da forma como eu quero.
Já os impactos que o DJing tiveram em mim só os comecei a experienciar à pouco tempo visto ter apenas começado a aparecer nos palcos neste corrente ano. Uma das coisas que mais me realiza é realmente as pessoas que estão a assistir, sejam muitas ou poucas, ao ver alguém abanar a cabeça suavemente, sentado ou em pé, ou depois do set agradecerem ou elogiarem de alguma forma é algo que me faz sentir como se durante aquele bocado, consegui proporcionar um bom momento a alguém, e isso é super realizante para qualquer performer.
Devido à involvência com o género, criei amizades ao qual é uma das coisas que me deixa mais satisfeito visto que tive a oportunidade de conhecer muita boa gente.
TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele?
M - Lembro-me perfeitamente da primeira vez que ouvi Dubstep puro e duro, estava a ir para a escola com o meu grande amigo Futuristic Waves, quando ele diz que tem uma cena para me mostrar, meti os headphones na cabeça e a música começou, era a "Midnight Request Line", e senti instantaneamente algo diferente, principalmente quando os graves entraram em cena, e o resto é história.
TSD - Como vês o actual estado do universo dos 140 bpms?
M - O universo dos 140 bpms está mais infinito que nunca.
Com alguns produtores a voltarem às origens (sempre com um toque moderno) no que toca à sonoridade, outros a incorporarem toque mais soul, jazzy e garagy e outros simplesmente fazem o universo andar para a frente simplesmente ao inovarem nas suas produções.
No que toca aos lançamentos, julgo que se irá tornar mais difícil para as editoras lançarem vinil, devido ao encerramento da ST Holdings, e consecutivamente a Surus, mas também tenho a certeza que todos os projectos afectados por isso darão o seu melhor como sempre o fizeram para meter boa música cá para fora.
Esta frase já começa a ser um pouco cliché nestas entrevistas mas:
O Dubstep não está morto!
E só está para quem realmente não se interessar o suficiente para pesquisar e descobrir.
TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que te tem chamado atenção nos últimos tempos?
M - Como mencionei anteriormente, estou abrigado no lado mais soul e jazzy da bass music, sendo que os projectos que me têm chamado mais à atenção são a Chord Marauders, Mindstep e o meu próprio projecto, a Substruct Audio.
No que toca a artistas num individual, existem dois que têm quase ocupado os meus ouvidos todos os dias, são eles Mercy e Gerwin. Porém tenho também seguido afincadamente artistas como Geode, Congi, Jafu, B9 Audialist, Matrices, Drew's Theory, Trashbat, Vaun, Craft, Futuristic Waves e o one and only Freud "King of the Jazzstep"!
TSD - Quais são os objectivos para o futuro?
M - Os meus objectivos sempre foram os mesmos, educar ouvidos, tocar em mais eventos (principalmente conseguir invadir eventos em formato sunset, visto estarem a ser muito mal aproveitados com música EDM para as massas) e continuar o percurso que tenho tido com o meu projecto Substruct Audio, continuando a colocar boa música cá fora.
TSD - Ultimas palavras?
M - Antes de carregar no "play", fechem os olhos e espero que gostem da viagem.
Um grande abraço à malta dos TSD pelo convite, tanto de vos poder apresentar o meu trabalho, como também pude aqui escrever um bocado, sobre algo que gosto.
Um bigup para todos os leitores!
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