Este mês aos comandos do TSDcast temos o vencedor do 1º "Nothing Like a Freebie Competition" aka Papa Freebies aka Nocturnals.
Take a step to Dub - Quem é o Nocturnals?
Nocturnals - O Nocturnals apareceu depois de várias "late night sessions" feitas em minha casa, em que o pessoal dizia "vamos ali mandar um nocturnal a casa do santos" e eu metia uns sons e o pessoal ficava a chillar.
Entretanto o nome pegou, mas como já existia resolvi mudar para Nocturnals.
TSD - Quando é que o djing o entrou na tua vida? E que impacto tive?
N - Eu diria que entrou devido aos meus amigos terem começado a passar umas malhas. Curti da cena e fui também passando uns sons e daí a uns tempos fiz uma festa de anos (quase 3 meses de fazer anos ahah) no Casting Club, com duas grandes bandas (Flaming Joseph e Stack'em Blues) e três grandes amigos DJs (Xtanki, Charlew e PedrArte), depois criou-se o Mais Baixo e começámos a fazer festas e eu entrei na cena basicamente.
Nem foi algo pensado, simplesmente aconteceu.
Quanto ao impacto eu diria que ainda foi grande, porque conheci muita malta bacana, muitos bons bares e discotecas, onde já toquei ou já assisti a grandes festas, quer em Lisboa, quer doutras cidades.
TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele?
N - Eu nunca fui muito de música electrónica, ouvia umas malhas de Drum & Bass e pouco mais.
Mas uma vez o xtanki levou-me a ver TC num bar em Monsanto, festa essa que estava com pouca gente e que só me lembro de algumas situações engraçadas e dum grande set nessa noite.
Depois começámos a ir a mais festas de Dubstep (Reso e Distance no Porto-Rio, Warface no antigo Kilombo, Deckjack e Dr KI no antigo Kozee, as Dub:Burn no antigo Casting Club, entre outras) e quando dei por mim estava "entranhado" nesse estilo musical.
O que mais me chamou foi o facto de poder "dançar mentalmente" sem ter de me exprimir muito. Até porque eu diria que o Dubstep é um estilo musical mais cerebral que físico, porque quando oiço uma boa malha consigo fechar os olhos e "viajar" como não consigo com outros estilos.
TSD - Como vês o actual estado do universo dos 140 bpms?
N - Infelizmente a nível internacional vê-se cada vez menos pessoas a aderirem ao conceito e a preferirem ir para uma vertente mais comercial.
Mas a nível nacional acho que o universo dos 140 bpm tem crescido e vemos cada vez mais pessoas, principalmente jovens, a ir às festas, o que faz com que se criem mais promotoras e editoras e penso que a seu tempo é um estilo que vai prosperar.
TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que te tem chamado atenção nos últimos tempos?
N - Para além do Mais Baixo Soundsystem que está a evoluir a olhos vistos, o futuro lançamento da segunda compilação da Mais Baixo, o Matrices "Future Noir EP" lançado pela Substruct Audio, o futuro lançamento do primeiro Ep da Real Roots e também do lançamento da compilação da Artikal Music UK, também estou entusiasmado com o Outlook Festival 2015 e todos os novos artistas que se têm mostrado nos últimos tempos, quer a nível nacional, quer a nível internacional.
Principalmente os já conhecidos MGDRV que lançaram o seu primeiro EP no inicio deste ano e que já estão a preparar novas dicas para um futuro próximo.
TSD - Quais são os objectivos para o futuro?
N - Neste momento tenho uma residência no Groove Bar às terças-feiras chamada DubFusions, com uma vertente mais Dub e fusão com o Dubstep, Jazz, Minimal, Techno, Reggae, cuja intenção é promover novos talentos e até mesmo os já existentes neste belo país.
E posso desde já adiantar que se esperam novidades durante o próximo ano.
Continuo, obviamente a fazer parte do projecto Mais Baixo.
TSD - Ultimas palavras?
N - Big Up pela iniciativa do Take a Step to Dub e a todos os artistas e promotoras que lançam as suas freebies e os seus excelentes sons.
E um big BIG up a todos os que me apoiam e aos que fazem com que o universo dos 140 bpm continue bem vivo.