Take a step to Dub - Quem é o Dubout?
Dubout - É um DJ e produtor de Gaia, que tem como seleção musical prioritária o Dubstep, às vezes descambando para o Breakbeat e o UK Garage/House
TSD - Quando é que o djing e a produção entraram na tua vida e que impacto teve?
D - O Djing entrou primeiro, eu e uns amigos meus já estávamos fartos parar na rua e então decidimos alugar um sítio no Porto para nós, para termos o nosso espaço e eu nesta altura ainda não tinha muito a ideia do DJ interiorizado em mim, mas um amigo comum, o Zé Guilhas, DJ de DnB da Garagem, levou os pratos, a mesa e os discos para o estúdio e a cena começou aí.
Começamos a aprender com ele e eu aprendi a mixar dnb primeiro, mas fartei-me, depois comecei a comprar discos de Dubstep por volta dos inícios de 2008, quando a cena era diferente. E aí começou tudo.
A produção começou mais ou menos nessa altura também, a tentar produzir os primeiros beats.
TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele?
D - Eu já desde puto que curtia bastante a cultura Big Beat e a musica de dança alternativa (Fatboy Slim, Prodigy, basement Jaxx, etc).
O Dubstep surgiu depois da descoberta do dnb, como já tinha "enfiado" muito Drum n Bass nos ouvidos, houve uma vontade de redescobrir ambiências e sons mais graves, diferentes, e o Dubstep nessa altura soou-me muito bem.
Adorava o groove das batidas e o que mais me chamou a atenção foi a densidade dos graves. Nessa altura, 2007/2008, o Dubstep que se fabricava puxava muito mais pelos sub-woofer's dos sistemas de sons do que o dnb que andava a ouvir e foi isso mais que me chamou a atenção.
Também em miúdo gostava das coisas que os Asian Dub Foundation faziam e isso também influenciou.
TSD - Como vês o actual estado do Dubstep?
D - Para mim o Dubstep hoje em dia está bastante bom e recomenda-se.
Muita gente afirma que o "verdadeiro" já não se faz, que se tornou comercial e mainstream.
É um bocado verdade, mas se formos a analisar e a ouvir o que "não é comercial" temos coisas fantásticas a sair todas as semanas. Label's como a Black box, a Tempa, Boka Records, Chestplate, etc, tem ajudado a divulgar artistas que ainda hoje enchem o espectro das suas músicas com atenção às frequências graves, sem os agudos e os médios com melodias "catchy" que servem para encher as colunas dos portáteis.
Ou seja, quando apresentarem Dubstep pela primeira vez a alguém, por favor não usem colunas de portátil, os produtores de Dubstep não gostam.
TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que te tem chamado atenção nos últimos tempos?
D - Os projectos que me têm chamado a atenção nos últimos tempos de Dubstep são as releases de District, Sleeper, Seven, Dismantle... e na área que tem tentado chamar outra vez o Acid e o UK House para as pistas de dança sao Boddika, as releases da label do Loefah, a Swamp 81, Dusky, Mosca, Arkist... etc.
TSD - Quais são os objectivos para o futuro?
D - Produzir mais e melhor e tentar educar o pessoal que vai às festas com sonoridades diferentes.
Sem nunca, claro, perder o sentido de leitura de pista cada vez que vou tocar, porque é importante um DJ saber adaptar-se à sua maneira aos eventos em que vai tocar e com que DJ's vai tocar.
TSD - Uma mensagem para os nossos leitores.
D - Ouçam sempre aquilo que gostam e da melhor maneira possível.
E aos amantes de Dubstep, nunca deixem de ouvir só porque o movimento se tornou comercial à força toda, ainda hoje se faz coisas excelentes e de qualidade, sem objectivos financeiros.
Só têm que procurar bem, e nunca ouçam Dubstep pelas colunas de portátil, ehehe!
real dubstep right here, not that bro-step bullshit!
ResponderEliminarBoas dicas em relação à forma correcta de escutar dubstep e boa referência a editoras! Big up! e Big up Tempa e Chestplate,labels habitantes da minha mala hehe
ResponderEliminarthere's no dubout about it :)
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