domingo, 30 de janeiro de 2011

TSD Podcast 14 - Mix by Violence 8 + Entrevista


Take a step to Dub - Quem é o Violence 8?

Violence 8 - Nem sei bem como começar isto portanto, Violence 8 é um projecto que cresceu no âmbito da situação politica actual, onde o capitalismo selvagem dia após dia cria um fosso maior entre pobres e ricos, honestamente decidi que era hora de me manifestar sem mais palavras apenas com a violência das bass lines do Dubstep, este é o meu manifesto.

TSD - Quando é que o djing / produção entrou na tua vida e que impacto teve?

V - Bem sem dúvida são duas histórias diferentes.

Seria impossível explicar como o djing entrou na minha vida sem referir nomes como os Dogz united (a.k.a. Computer Says No), o interesse pelo Drum and Bass era grande e rapidamente Frenz e Dosk começaram a falar em material, vinis e toda esta linguagem que fascina todo e qualquer amante do estilo, assim em 2006 eles começaram um estúdio em Gaia e o entusiasmo dos D.U. não me passou ao lado, eles ensinaram-me a misturar e começamos então a dividir estúdio onde o DnB era mais que música.

Em Outubro de 2008 mudei-me para Londres, com o objectivo de começar a produzir e estudar tecnologia de som, prontamente comecei a produzir DnB mas na verdade este estava a tomar um rumo com o qual eu deixei de me identificar, ai surge o Dubstep como estilo em contínua ascensão em Londres, depois de algumas festas eu decidi produzir Dubstep e criar um novo a.k.a. Violence 8.

TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele?

V - A primeira musica que ouvi de Dubstep foi Skream - Midnight request line em 2006, na altura vi como um sub estilo do DnB, mas existia nele um potencial que se veio a confirmar nos últimos lançamento, nomes como Skream, Kode 9, Loefah, Rusko, Benga, Caspa passaram a ser parte da minha música de eleição.

O ponto de viragem e interesse, começa quando artistas ligados ao Electro e DnB começaram a fazer Dubstep mais complexo e beats agressivos, tal como Noisia, Skrillex, Deadmau5, etc ai comecei sentir aquela sensação de que algo novo vem ai e eu quero estar envolvido.

TSD - Como vês o actual estado do Dubstep?

V - Ao nível internacional acho que esta a tomar proporções que não eram esperadas, desde os artistas envolvidos as técnicas de produção, a proporção dos eventos em Londres é surreal, embora seja apenas um fenómeno desta magnitude em Inglaterra, espero que se possa expandir para países como Portugal, onde eu acredito que o Dubstep esta na rampa de lançamento, existem alguns produtores e existem cada vez mais ouvintes, eventos com nomes top na cena do Dubstep e obviamente o contributo de blogs como o Take step to dub que são fundamentais para a dinamização do Dubstep em Portugal.

TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que tem te chamado atenção nós últimos tempos?

V - Começaria por Glitch Mob, Hed(pe) , Leftfield, Kraftwerk Karl Bartos e Mundo Segundo, depois há coisas que ouvidas 100 vezes nunca perdem qualidade.

Bem vamos ao Dubstep a lista é infinita, mas gostava de realçar nomes como Borgore, Datsik, Skism, Excision, Flux pavillion, Spl, Audio, Shadows of the empire, Cookie Monsta, Trolley Snatcha, 16 bit, Zeds Dead e muitos mais.....

TSD - Estando o ano a começar, quais são os objectivos para ele?

V - Terminar o curso, que estou a fazer actualmente de Tecnologia e Electrónica de áudio e começar um outro na mesma área em Setembro, mais que tudo crescer ao nível de musica e do conhecimento, pois este ainda limitado e tudo ainda esta por começar hahah… convencer todos os meus amigos a deixar de ver televisão lol… combater a injustiça e ignorância das mentes dementes de todo e qualquer politico e policia.
Fuck the police

TSD Podcast 14 - Mix by Violence 8 by Take a step to Dub

sábado, 29 de janeiro de 2011

Conselhos para melodias descartáveis 12


O norte da Europa tem uma tradição de produtores associados ao dub/reggae já de longa data, e é intrigante a ligação entre países maioritariamente frios com um som de tonalidades quentes, mas os resultados de gente como Kruder & Dorfmeister e Stereotyp da Áustria, Rhythm & Sound da Alemanha entre muitos outros são prova de que musicalmente, quando o sol brilha, é para todos.

Da Dinamarca temos um excelente exemplo disto na editora deste álbum de Resoe (Dennis Uprock), Echocord. Esta editora foi pivotal no desenvolvimento do eixo ambiente/house/techno de inspiração dub com uma extensa lista de edições de artistas como Deadbeat, Mikkel Mettal, Quantec, etc. As aproximações ao Dubstep têm sido frequentes em edições mais recentes sem no entanto serem uma colagem óbvia, mas mais como uma nova camada sonora dentro do género.

Este álbum de Resoe veste as cores do Dub Techno no peito, como já conhecido em produções do mesmo, tanto a solo como com Kenneth Christiansen (dono da Echocord) e também nas edições das suas próprias editoras Braum Records e Pattern Repeat (esta também com Christiansen).
Os ambientes são em grande parte densos mas polidos de forma suave de nuances subtis e envolventes. Ao contrário de grande parte do que sai da cena Dub Techno, Resoe tem uma aproximação mais intensa em relação á composição, com mudanças e camadas mais acentuadas, por vezes soando como se tudo tivesse sido gravado em directo, sendo assim mais espontâneo.
Já se falou de aproximações ao Dubstep e neste álbum estas estão bastante presentes. Resoe toma o caminho menos óbvio e tudo soa mais aproximado a uma mudança de ritmo do que a uma investida a sons do Reino Unido. Neste sentido, enquanto Resoe mantém a sonoridade já familiar da família Echocord, acrescenta sons e ritmos relativamente novos a uma sonoridade por vezes já desgastada. Isto é mais óbvio em faixas como Demoon, Lakeviews e Radikal Alterations. Ao mesmo tempo é em faixas mais tradicionalmente Dub Techno que Resoe deixa sobressair ambientes mais envolventes como em Ediths Serenade, uma faixa não longe de alguns sons de Brian Eno, ou as mais marcadas Mutation, Nachhall e as duas faixas de fecho Syntax Error e Ventura.

A sonoridade deste álbum ira favorecer admiradores da escola Dub Techno norte europeia mas recomenda-se vivamente a iniciados ou interessados em qualquer género inspirado em Dub e aconselha-se também o acompanhamento dos projectos não só de Resoe mas também da Echocord.

Abraços e ate para a semana com o review de Buster

1Way

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Iberian Records lança Tax Haven I


A Iberian Records sai de um período de hibernação com a nova série de EPs 'Tax Haven'.

A primeira entrega conta com um grupo de produtores com base de operações em Barcelona, capital da Bass Music espanhola, responsáveis entre outras coisas pelas conceituadas noites B.LOW. À volta do que a Iberian Records chama Bass'n'Groove, os três temas que compõem este EP são híbridos descendentes das várias vertentes da Bass Music (dubstep/uk funky/future garage, etc.), com estilos e BPMs contrastantes.

A primerira faixa é assinada pelos Relocate, com uma onda de choque de sub-grave jingão chamada 'Soul Survivor'. Abre com samples de bateria e disparos de baixo que antecipam da locomotiva rítmica, com batidas de aço e uma frustrada voz feminina que suspira 'That I Just came...' Um exercício de Turbo-Garage com olhar na pista e caixa de sub-graves.

Damos a volta e é a vez de Mr. Gasparov com 'Transient Love' que nos transporta para aquele dia de praia que não acaba, com os suspiros e lamentos da vocalista Japonesa G.Rina (colaboradora de gente como Rob Smith e Nicolette). Os mais atentos vão reconhecer a atenção ao pormenor e aos jogos melódicos que já nos habituou com o '1975', tema incluído na compilação 'Steppas Delight 2' da Soul Jazz Records. Esta faixa transpira house por cada poro, orgânica e fresca, acompanhada com mojito ao pôr-do-sol.

Por último o tema 'Between Love and Hate' pertence ao argentino Nehuen, um híbrido Electro-Funky minimalista, com baixo contagioso, bateria potente e um desconcertante teclado que nos assombra de longe. Um diamante em bruto que nos faz lembrar os clássicos de editoras como a Soulja e que rebenta qualquer pista de dança.

A edição sai em vinyl de 12" dia 31 de Janeiro e a digitalmente dia 14 de Fevereiro. Já pode ser encomendado em várias lojas da especialidade.

De Sul a Norte...


A não perder na próxima quinta feira dia 27 de Janeiro o regresso das miticas Dark Swing!

Unidade Sonora (IberianRecords/Conspira) + um belo dum sistema de som

Entrada livre

Club Rubik
Rua do Jardim do Tabaco, 94
Lisboa

Mais informação em http://www.facebook.com/event.php?eid=139248429470084

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Kahn edita pela Punch Drunk Records


Ano novo, sangue novo.

Assim surge Kahn, que sai da sombra do underground de Bristol, para nos dar um dos mais interessantes trabalhos editado neste começo de 2011 pela Punch Drunk Records.

Kahn traz-nos um trabalho que vai de encontro a uma linha cheia de electrostatic synths e moody grooves, assim em "Like we used to" podemos encontrar camadas frenéticas de ritmo em junção com uma voz soul em plena mutação, sendo que em "Helter Skelter" encontramos um bump que promete por qualquer pista a dançar.



As Basslines de Kahn poder emanar de Bristol, mas preparem-se para sentir a ressonância em todo mundo.

Kahn 'Like We Used To' (Punch Drunk Records) by Punch Drunk Records

Kahn 'Helter Skelter' Punch Drunk Records by Punch Drunk Records

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De Sul a Norte...



No próximo dia 28 de Janeiro, o Music Box traz até nós um dos nomes mais falados nós últimos tempos no campo da Bass music, Fantastic Mr Fox!

Mais informação em http://www.musicboxlisboa.com/post.php?id=108&cat=2

De Norte a Sul...



A não perder as Sub-0 dia 29 de Janeiro, na Alta Baixa - Pitch Club com a presença de:

Live :
GHUNA-X feat REY

Special guest :
DINIS . dj

Sub-zero crew :
PEDRO SANTOS . dj

Warm-up :
CENTENO . dj

Video :
ÒDIO-AO-VISUAL

Mais informação em http://www.facebook.com/pages/Sub-0/158702060841138

sábado, 22 de janeiro de 2011

Conselhos para melodias descartáveis 11


Janeiro de 2011, traz-nos “ODE TO A CARROT”.

Primeiro LP da Mc escocesa SOOM T (contando já colaborações com The Orb e DJ Maximmus) juntamente com DISRUPT, um dos pioneiros do “digital laptop reggae “ com a editora JAHTARI.

Esta 'Ode' desenrola-se em 15 faixas de puro 8bit digi-dub com vocais rastafarianos e acento de Glasgow (de onde Soom T é natural) tendo como temática a “ganja”, “weed”, “pot” ou enrolar, fumar e tudo o mais relacionado com a nossa “amiga verde”.
Com a sua voz distinta, Soom T, consegue sem duvida ascender ao nível de qualquer outro/a antecessor/a, liricamente sensibilizado/a por este tópico botânico.

Progredindo do sucesso atingido no ano anterior com o seu primeira EP “Dirty Money”, este duo oferece-nos agora um LP combinando ritmos de Dubstep, Jungle e Hip Hop com a voz suave de Soom T, que imerge harmoniosamente com os ritmos produzidos por Disrupt na sua 'echo-chamber'.

Tendo como base o Dub e muito Bass é de realçar neste álbum os temas “Bring the Sensi” com a participação de Zeb & Scotty, de batidas mais clássicas de ragga/dub e 'Weed Haws', onde Disrupt recicla samples do jogo “Samurai Showdown” (nome comum a um dos temas do seu primeiro álbum “Bit Foundation”).

Com 'Ganja Ganja' e 'Wee Rant' as influências de 'Dancehall' e Hip Hop' fazem-se também sentir, contribuindo para que este LP crie um diversificado espectro de ouvintes.

“ODE TO A CARROT” é a segunda colaboração deste duo e a mais significativa...so far so good!

Um LP sem dúvida a ouvir e a (não) descartar...

By Buster

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Distance - Falling


Ouvi esta malha recentemente, e digo-vos esta musica vai ser Grande!

Já a tentei encontrar em áudio mas esta impossível, o Distance está a tentar mantê-la em segredo o máximo que poder até ao seu lançamento

Acho que é desta que o Distance vai alcançar o reconhecimento que merece, ao lado dos grandes nomes de Dubstep.

Para todos os que não conhecem Distance, é dos melhores produtores de Dubstep (passou o ano passado por Portugal numa da edições das Atomic Dub) e é considerado um dos pioneiros.

Podem conhecer mais em http://www.myspace.com/djdistancedub

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Kryptic Minds voltam em 2011


Os Kryptic Minds iram lançar durante este ano o seu terceiro álbum, sucedendo ao aclamado "One of Us", o novo album "Can´t Sleep" vai continuar a percorrer os caminhos das linhas negras e pesadas do Bass.

Para já a nível de colaborações, esta confirmada a participação de Youngsta.

Para os mais entusiastas com esta notícia aqui ficam algumas faixas que iram entrar no álbum.







quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Music for free 03


Com a ressaca do Natal e da Passagem de Ano ainda presentes, nada melhor do que abrir aquele presente perdido, assim:
















Primeiro temos Skream com The Freeizm Album
http://www.sendspace.com/file/4ad27r

De seguida temos 2 trabalhos de Crimps & Cotcha
The Art of Combat EP
http://www.mediafire.com/?zpcake6z8diwrfn

Round 2 EP
http://www.mediafire.com/?ph2ell743tf0cbo

Para terminar temos Dj Madd
http://www.sendspace.com/file/84wmaw

sábado, 8 de janeiro de 2011

Reso lança War Machine / Valken


Reso vai editar o seu primeiro lançamento de 2011 no dia 7 de Fevereiro, este ira sair sobe a forma de um EP, War Machine / Valken pela Civil Music.

Segundo ele:

"Eu queria criar algo violento, musicalmente é bem básico, mas sonoramente é como sermos atacados por um monte de socos"

Já sobre o título da faixa Reso diz:
“Não podemos dar o nome de War Machine a uma faixa e depois ela ser destinada a um jantar de Jazz"

Na "Syndicate pretendia seguir um caminho mais introspectivo e que funcionasse bem nas mixes, foi um trabalho intensivo, devido a não haver 2 barras iguais"

Já a "Aethra é basicamente uma faixa de Dubstep amigável, como eu já não fazia uma faixa deep algum tempo, decidi cria-la e transmitir uma certa essência de Hip hop, juntando-a com o Rhodes, é impossível bater um Fender Rhodes"

"Expansion Ratio é toda ela sobre melodias! No fundo esta faixa é o numero musical no Ep, aqueles leads e synths enlouquecem-me.

Reso - Valken EP Preview (CIV017 OUT FEB2011 12"/DWNLD) by Reso

Para celebrar o lançamento do seu novo site, Reso está oferecer um Ep de 3 faixas juntamente com uma mixtape, a quem assinar a sua newsletter através da janela em baixo.










quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chemical Brothers seguem para o Dubstep?



Boatos recentes correm pela internet sobre um suposto depoimento de Tom Rowlands, dos Chemical Brothers, a um site de notícias da Nova Zelândia, o NZCity.

O hoax diz que a dupla está interessada em lançar um álbum inteiro dedicado ao Dubstep.

O interesse surgiu devido a faixa “My Elastic Eye”, que, segundo Rowlands, é um grande sucesso entre os amantes do grave.

A faixa foi lançada em 2002, no álbum “Come with Us”.

“Nós fizemos a faixa ‘My Elastic Eye’ e aparentemente é um grande sucesso até aos dias de hoje entre os apreciadores de Dubstep”, disse Rowlands. “Ela é um tipo de protótipo do estilo, possivelmente voltaremos a esse espírito criando um álbum todo de Dubstep.

Temos a certeza que podemos fazer um óptimo trabalho”.

Na mesma entrevista, seu companheiro Ed Simons revelou que estão planeando uma tour em 2011 e querem apresentar algo realmente novo para seus fãs.