quarta-feira, 29 de junho de 2011

Iberian Records lança "Exit Plan" de Migrant


No seu sétimo lançamento, a Iberian Records traz-nos um EP de Migrant (aka 23Hz) que contem três temas de puro 'funk' e 'groove', ao bom estilo da cultura 'soundsystem' britânica.

"Limbic System" inaugura o lançamento ao fundir uma melodia crescente com samples de voz que ficam na memória, sempre com a presença de batidas contundentes e graves calorosos.

"Acid Sumatra" segue pelo mesmo caminho mas assume uma personalidade tropical e percussiva, que nos leva numa direcção mais deep.

Finalmente, "Pipe Club" recorda os ritmos clássicos do 2step, reforçados com um imponente sub-grave.

Mais uma amostra de 'Bass'n'Groove' da editora baseada em Lisboa e Barcelona, que deverá apelar às sensibilidades mais 'deep' dentro das comunidades do Dubstep e UK Funky.

Tracklist:

A - 'Limbic Sistim'
B1 - 'Acid Sumatra'
B2 - 'Pipe Club'

Migrant - 'Exit Plan' EP by Iberian Records

terça-feira, 28 de junho de 2011

Nv 17 - Ghosts Of Paraguay


Da Austrália os Nv saltam até a pequena cidade inglesa de South Woodham Ferrers, para dar a conhcer o projecto Ghosts Of Paraguay.

Ghosts Of Paraguay é o projecto criativo do jovem David Templeman, dedicado a sonoridades Dubstep, Future Garage e Ambient, este tem chamado atenção dos apreciadores musicais nos últimos tempos, devido em grande parte a constante fusão que ele faz dos mesmos na sua musica.

domingo, 26 de junho de 2011

Knowledge 15 - Future Sound

Future Sound, é um mini documentário que explora o underground da musica electrónica Londrino, explorando o que o define, o que o afecta e o que o faz mover nesta nova era de inovação digital.

No documentário podemos encontrar participações de pessoas como Scratcha DVA, Blackdown, Mark Fisher, Lisa Blanning e SBTRKT.


sábado, 25 de junho de 2011

MIT (made in tuga) 16 - 1 Way


Mais uma edição mais um talento nacional para conhecer, assim esta semana no MIT viaja até Londres, para "descobrir" 1 Way, para além de ser co-autor da rubrica "Conselhos para melodias descartáveis", é também Dj e Produtor.

"É por meados de 1997 e na ressaca de algumas aventuras em formato banda, que 1Way (na altura conhecido como JustLee) foi apresentado á musica de dança, ao DJing e ao mundo dos discos.
Com o seu primeiro cúmplice musical, Deadly Cut, começam por explorar caminhos entre o Broken beat, New jazz e hiphop. Mas é em 99 que o drum n bass passa a definir os seus sets, colocando-os no centro do movimento drum n bass portuense, com noites nos clubes mais importantes da cidade Mau Mau, Hard Club e Meia Cave. Entre 2000 e 2002 1Way fortalece a sua presença no panorama drum n bass nacional tocando ao lado de nomes como LTJ Bukem, London Elektricity, DJ Krust entre outros.

Em 2002 muda de cidade e de nome. Uma nova base em Londres sob o nome 1Way. Exposto a novos estilos e fórmulas de electrónica, abrindo o seu espectro musical, como coleccionador e DJ, o foco dirige-se para novos géneros como o breakbeat, house, rock, electro, dub e reggae. Em 2005, 1Way e Deadly Cut formam o DJ duo The Dead:Lees, compondo sets onde o house, breaks e o electro encaixam com o rock. Tornam-se residentes das noites de “east London” Antisocial, partilham sets com o lendário Arthur Baker e passam a ter presença frequente em algumas noites do aclamado clube Fabric .

É com os Dead:Lees que 1Way dá os primeiros passos na área de produção, mas o projecto é interrompido em 2007 e em paralelo surgem novas direcções. Torna-se convidado assíduo no programa de rádio Basspaths - Badmood/Wireless FM, da responsabilidade de DJ Buster, de onde surgiu a maior influencia dub. Pouco depois 1Way começa a experimentar composições em tons dub techno e dubstep.

Apesar da forte ligação que desenvolveu com a Badmood Crew, 1Way tem lançamentos em editoras como a berlinense Dubstep Division Records e com o colectivo portuense Faca Monstro. Presentemente em parceria com DJ Ruido, tem o projecto ALMA, produzindo música, bandas sonoras para TV, teatro e eventos. Os DJ sets de 1Way exploram caminhos da música ambiente ao techno, passando pelo house e dubstep, mas sempre com um ponto de referência em comum, música de graves pesados."

Fight No More by 1Way

Nao Queremos Sangue by 1Way

4 Elements (1Way Creation Remix) by 1Way

Mais temas aqui .

quinta-feira, 23 de junho de 2011

TSD Podcast 18 - Mix by Kombo + Entrevista


Take a step to Dub - Quem é o Kombo
Kombo - Kombo é um novo projecto de Bass Music, criado por Daniel Ramos ( que é um apaixonado pela música).


TSD - Quando é que o djing entrou na tua vida e que impacto teve?

K -
O djing apareceu muito antes da produção, tinha eu 12 / 13 anos e tentava misturar com cacetes e um discman, era uma trapalhada mas adorava aquilo, passava horas e horas agarrado a música, a produção apareceu porque sempre tive a curiosidade de saber como é que se faziam aqueles sons electrónicos que eu tanto adorava, surgiu a oportunidade quando me ofereceram o primeiro PC, sendo que o primeiro programa que instalei não foi jogos mas sim o EJAY DANCE.



O impacto que teve, foi querer estar ligado a música, e esse é o meu maior sonho, viver ligado a "tomada" da música!


TSD - Como é que o Dubstep entrou na tua vida e o que mais te chamou nele?

K -
Dubstep entrou a muito pouco tempo na minha vida, foi através de um amigo meu que conheci o verdadeiro e bom Dubstep, eu tive um passado ligado ao Minimal/House, mas saturou-me, o Dubstep mexe muito mais comigo, dentro do Dubstep tens de tudo, desde do Dub para chillar ao Dub para festa, não é tão monótono como a Dance music standard, e as suas produções são muito mais complexas, para não falar no seu potente WOBLE BASS que me joga ao chão :P



TSD - Como vês o actual estado do Dubstep?

K -
A meu ver o Dubstep esta em ascensão, constato que Portugal esta a ter uma aderência muita maior e as pessoas vão começando a ouvir muito mais e a gostar, bem como ir a festas e a conhecer melhor a cultura do DUBSTEP!



TSD - Em termos musicais, qual ou quais os projectos que tem te chamado mais atenção nos últimos tempos?

K -
Bem Datsik é sempre aquele major, Flux Pavillion também esta a lançar coisas muito interessantes, Krypton Minds simplesmente brutal, Black Sun Empire, Skrillex , Guttstar , Bare Noize , Document One , Icicle… entre muitos outros dentro dos diferentes estilos.



TSD - Quais são os teus objectivos para o futuro?

K -
Os meus objectivos é tocar mais e mais, tentar ir tocar a Lisboa porque a cena lá é muito maior que cá no Algarve e lançar um álbum de Dubstep que estou a preparar!



TSD - Uma mensagem para os nossos leitores.

K -
Mantenham o Dubstep vivo, POWAAAA!!



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Deep Medi lança Swish/ Tunnel Home de Pinch


Pinch volta as edições, desta vez com o lançamento de "Swish/ Tunnel Home" pela editora de Mala, a Deep Medi.

Conhecido como o grande precursor do Dubstep em Bristol, e por ter produzido temas genias como “Qawwali”, Pinch é ainda o patrão da respeitada editora Tectonic, que tem no seu catalogo nomes como Skream, Benga, 2562, Peverelist e, mais recentemente, Illum Sphere, Addison Groove e Pursuit Grooves.

Editado pela Deep Medi, este 12" traz-nos duas faixas cheias de grave.


No lado A temos a faixa "Swish", onde podemos encontramos a mesma agressividade já conhecida em "The Boxer", ideal para os apreciadores de sons pesados e encorpados.

Do lado B, encontramos "Tunel Home", que nos leva numa surpreendente e agradável viagem ao Jungle com o BPM puxado aos 150.




terça-feira, 21 de junho de 2011

Nv 16 - Ylem


Os Nv estão de volta, e fazem viajem dos Estados Unidos até Austrália, para conhecer Ylem.

Natural de Perth na Austrália, Ylem é um dos principais divulgadores do género por aqueles lados, sendo produtor, dj, promotor, o autor de um programa de radio dedicado ao Dubstep e no final do ano passado abriu a editora WattHz Records

A sua produção é caracterizada por explorar uma sonoridade deep.

Chicago by YLEM

Future-Spec by YLEM

YLEM - Anxiolytic [MSTR] by YLEM

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Anti Social - Quest, Silkie e Miss Beatz dão Freebies


Na passada 4ª feira, Quest disponibilizou via Facebook 4 faixas da Anti Social Ent. para download.

Para aqueles que não saibem, a Anti Social Entertainment é um colectivo londrino, do qual fazem parte alguns dos produtores mais prolíferos do Dubstep.

Nomes como Silkie, Quest, Kromestar, V.I.V.E.K, Jay5ive, Razor Rekta, Underground Ice, Harry Craze e Mizz Beats, entre eles criaram um catalogo de musicas fenomenais, que tiveram edição em algumas das editoras mais respeitadas do meio (Deep Medi, Break The Habit, Cloqworq Recordings), bem como pela própria editora Anti Social Muzik.

Estejam atentos, na medida em que de acordo com as palavras do próprio Quest "podemos vir a fazer isto uma vez por mês".

Download aqui






domingo, 19 de junho de 2011

Knowledge 14 - dBstep Doc.


Hoje trazemos até vos o documentário dBstep, que retrata o mundo do Dubstep e leva-nos a viajar pelo panorama da cena Belga, que no nosso entender é um das mais interessantes ao nível europeu.

Ao nível das participações temos Benga, BunZero, Borgore, Science, Starkey entre muitos outros...

Podem assistir e fazer o download do mesmo em www.dbstep.be

sexta-feira, 17 de junho de 2011

MIT (made in tuga) 15 - Die Von Brau


Esta semana no MIT, descemos até Lisboa para vós dar a conhecer Die Von Brau, e o seu mais recente Ep "Bamboo".

"Die von brau is German/italian/english.
He does not believe in music tempos.
He does not have a past."

Bamboo by DIE VON BRAU

Got to know me by DIE VON BRAU

Plucked by DIE VON BRAU

Know you do by DIE VON BRAU

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Arkist lança próximos trabalhos pela Apple Pips e Hotflush


As editoras Apple Pips de Appleblim e Hotflush de Scuba, preparam-se para editar os próximos trabalhos do produtor de Bristol Arkist.

"Rendezvous/Fill Your Coffee" esta previsto sair no dia 7 de Julho pela Apple Pips, e vem no seguimento de uma serie de lançamentos por parte de Arkist, extremamente bem recebidos pelo público e pela crítica.

O 12 “One Year Later/Vanilla Imitate” lançado pela Hotflush , traz-nos ate nós a colaboração entre Arkist e o seu conterraneo Kidkut, num 12" que promete trazer até um fantástico swinging technoid 2-step.

Para aqueles que ainda não conhecem Arkist, convidamos a descobrir através da "Double Zero Minimix".

Fill Your Coffee by Arkist

Arkist & Kidkut - One Year Later by kidkut

Kidkut & Arkist - Vanilla Imitate by kidkut

Double Zero Minimix by Arkist

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nv 15 - Buck UK


Nesta nova edição dos Nv, decidimos ir até New York para descobrir Buck Uk.

Buck Uk é um Inglês natural de Manchester, radicado actualmente nos Estados Unidos, com uma produção muito ambiental carregada de vibrações extremamente chill, percorrer os caminhos do Future Garage, 2 step e Garage como poucos, tendo já editado trabalhos por editoras como Car Crash Set, Slime Recordings e Cut Records.

Buck UK & Mirror State - Second Signal [Forthcoming Cut Records] by Buck UK

Buck UK & Mirror State - Enola [Forthcoming Car Crash Set] by Buck UK

Ghostek & Buck UK - Closure by Buck UK

Apart by Buck UK

Buck UK & Mirror State - This Evening [Forthcoming Car Crash Set] by Buck UK

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Conselhos para melodias descartáveis 29


Da Finlândia chega-nos o duo VESICLE, que é o resultado da colaboração dos produtores Naraka e Foment.

Com inicio em 2007, esta colaboração começou como um projecto híbrido de Drum'n'Bass e mais recentemente virando-se para o Dubstep.

Tendo já lançado temas em editoras como a Terminal Dusk, Gradient Audio e na L.A.O.S., e na Paradise Lost Recordings que editam a “We Are Lost Ep”.

Com lançamento marcado para dia 13 de Junho, este Ep é a afirmação final deste duo, em relação a qualidade e diversidade musical que tem para oferecer.

Sendo composta por 4 temas, “We Are Lost2 transporta-nos para um mundo de dark basslines.

O tema que da nome ao Ep, “We Are Lost” é composto por uma combinação perfeita de vocais fantasmagóricos, ritmos melódicos de guitarras e de um poderoso bass.

Já em “Smoke Curls”, acontece uma mudança e o ouvinte é atingido por uma melodia de piano ao mesmo tempo que uma percussão distorcida e com efeitos.

“Mythos” é sem dúvida, o tema de destaque neste Ep, com o seus ritmos de dark break-step, que nos lembra a sonoridade que a “Metalheadz” tinha nos finais do anos 90, com seus épicos synths a dar base.

Por fim “Redemption”, que é mais uma amostra da qualidade que este duo tem em fazer temas com estas sonoridade.

“We Are Lost”, põe sem duvida este duo Finlandês, ao mesmo nível que outros produtores que no momento estão a fazer excelente Dubstep dentro do mesmo género que os Vesicle.

[PL014] _ VESICLE - We Are Lost EP - Vinyl coming June 13th 2011! by ParadiseLostRecordings

domingo, 12 de junho de 2011

Knowledge 13 - Benga


"Nunca é demasiado tarde para seres aquilo que devias ter sido"
(George Sand)

Para nos acompanhar esta semana temos Mr Benga.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

MIT (made in tuga) 14 - Lpx & Mc Tresh


A jornada do MIT em busca do talento nacional continua, esta semana fomos até Braga, para conhecer o projecto ligado ao Dubstep de Lpx & Mc Tresh.

"LPX empenha-se na cena breakbeat em Portugal desde 2003, o seu estilo musical e de selecção foi muito apreciado desde então.

Em 2004 com o seu amigo “Nisios”, lançou o EP “Dreambreaks”, com o selo “Resin Records” de Londres.

Actualmente é produtor do programa “Omega 3”, que acontece todos os sábados na RUM (Rádio Universitária do Minho), em Braga, em Portugal e em todo o mundo através de um streaming de Internet cujo objetivo é difundir a música eletrônica de qualidade."


"TRESH, mc de drum&bass desde 2002, actuou ao lado dos mais consagrados djs nacionais, passando por alguns dos melhores clubes nocturnos do país, bem como em alguns dos mais sonantes eventos de dnb, de Norte a Sul.

Foi membro dos colectivos Breakfast (2005/2006) e Massive (2007), tendo o privilégio de trabalhar com vários artistas internacionais.

Este jovem artista foi consagrado, pelo 3º ano consecutivo, melhor Mc nos COP DNB Awards 2007/8/9, e, também nos Backstage Music DNB Awards 2008."

Lpx - "Just a Dream" feat. MC Tresh [PREVIEW] by Lpx

Lpx - "Do you know" (feat. MC Tresh & Jota) [PREVIEW] by Lpx

Lpx - "Night Guardian" feat. MC Tresh [PREVIEW] by Lpx

Lpx - "Ethereal Love" (feat. Lily) [PREVIEW] by Lpx

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dubtek & The SubDivision lançam o Ep Mecca


É através de uma viagem cheia de vibrações dark, que SubDivison e Dubtek trazem-nos o Ep "Mecca".

A faixa que da titulo a este Ep "Mecca", viaja por uma atmosfera mística, com um enorme subbaas e uma precursão crocante, que carrega em si um enorme sentimento de tristeza.

No Ep é possível encontrar uma remix desta faixa por parte Gravity, que nos impressiona com o seu caos percussivo e domínio da ciência do bassline, que nos proporciona um verdadeiro deleite para os sentidos.

"The Perfect Storm" é daquelas faixas sinistras, que através de uma estrutura complexa de percussão, um subbass deep e um trabalho de synth's desarmónico, transformam esta faixa num autêntico monstro. Sendo esta faixa a continuação lógica da musica "The Calm Before the Storm", que esta disponível na pagina da Paradise Lost Recordings.

Bass, space e ritmo são os princípios orientadores por de trás de "Mecca".

[PL015] _ DUBTEK & TSD - Mecca EP - Out now!!! by ParadiseLostRecordings

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Conversa com Ghuna X


Take a step to Dub - Para iniciar esta entrevista gostaríamos de saber um pouco mais acerca de ti. Quem é o Ghuna X?
Ghuna X - Assim resumindo, o Ghuna X é um alter-ego que arranjei por volta de 2005, quando comecei a fazer uns beats a solo.

Depois ganhou outra dimensão e dedicação da minha parte.

Acabou por tornar-se um projecto muito pessoal e sobretudo, devoto à cidade do Porto.

TSD - A partir de que momento é que a música começou a fazer parte integrante na tua vida e que impacto tem?
GX - Acho que isto começou cm 2001, em contacto com amigos de Leiria. Conheci também o Anselmo (Tonkee) e foram eles que me mostraram o primeiro software de produção.

Depois vim estudar pra FBAUP e, aos poucos, percebi que podia ir encaixando o meu trabalho pessoal à volta do som e dos objectos musicais.

TSD - Como é que o Dubstep/ Bass Music entraram na tua vida e o que mais te chamou neles?
GX - Não vivo preocupado com esses formalismos, mas entendo o ponto de vista.

Mas foi por audição de discos, troca de ideias e sobretudo crescimento mental.

Aos poucos fui aumentando o espectro, fui ouvindo melhor.

TSD - Como defines o teu processo de criação musical?
GX - Muita dor de cabeça, muito estudo, muito tweaking... Começar uma música é muito simples, levá-la a um outro estado, torná-la pertinente e pessoal já não o é.

TSD - Software ou hardware lover?
GX - Hardware.

TSD - Estando prestes a lançar o teu novo trabalho que expectativas tens?
GX - Este disco servirá para formalizar uma série de coisas... estes anos de dedicação, as músicas que fui tocando ao vivo e misturando durante meses, a autonomia que consegui, a força do diy, a merda da indústria musical, a representação de um meio artístico independente, Ghuna X já não é só beats, nem um gajo atrás dum computador, é um cruzamento de ideias emedia diferentes.

Só espero que seja ouvido e suscite curiosidade.

Não será contudo, um trabalho que se encerre em si mesmo...

TSD - Sendo este o quarto trabalho que editas em nome próprio, o que representa para ti editá-lo em vinil?
GX - Pá o vinil era um pouco a Meca musical, depois de alguns cdr's (que não resulta muito bem - apesar de gostar muito do processo de produção) acho que já estava na altura.

E como era o primeiro LP, senti que devia investir nisto. Isto ficou decidido uns tempos depois de uma conversa com o Paulo Vinhas (Matéria Prima).

Enfim, também me parece que é o suporte mais adequado, de analógico para analógico...




TSD - No teu entender, quem é o público que se identifica com a tua música?

GX - Não sei especificar, felizmente recebo boa receptividade e opiniões interessantes de pessoas de áreas muito diferentes, não só da música (ou do contexto da electrónica).

Gosto de ver pessoas muito diferentes nos concertos.

TSD - Sentes que existem poucos meios em Portugal onde a tua música possa ser escutada ou criticada?
GX - Já há muito mais do que quando comecei. Estamos na era da democratização tecnológica, para o bem e para o mal...

TSD - Ou achas que a internet tende a resolver esta situação?
GX - Ajuda, mas quando tens tanta informação ninguém te diz que o que fazes não é igual ao litro. É preciso ir fazendo a correlação com o mundo real.

TSD - Em termos musicais, que projectos chamaram a tua atenção nos últimos tempos?
GX - Raramente são coisas recentes, vou ouvindo músicos que respeito e acompanhando o que fazem, pessoal que sinto que tem alguma coisa a dizer em casa álbum/música que editam. Por outro lado, também há muito para descobrir pra trás.

Ultimamente, tenho ouvido Burzum, Lorn, Vangelis,... mas costumo ir buscar discos que me marcaram, Scorn, Kuedo, Alice Coltrane, Moondog, Plaid, etc...

TSD - Tens algum bom conselho para aqueles que estão a começar a produzir?
GX - Não se metam nisso. Fora de brincadeiras, não tenham pressa de colocar coisas cá fora. É preciso primeiro encontrar um espaço e um rumo, pode levar tempo mas é importante.

Por isso é que tens gajos que bombam muito desde cedo, mas depois desaparecem porque não criaram bases para dizer mais do que aquilo...

TSD - Quais são os teus objectivos para o futuro?
GX - Não deixar de compôr.

TSD - Qual a pergunta que nunca te foi feita e que gostavas que te fizessem?
GX - Sobre o universo particular de uma ou outra música...

TSD - Para terminar, pedíamos-te para deixar uma mensagem aos nossos leitores...
GX - Oiçam música, leiam livros.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Verão movimentado para Mala


O Dj e produtor Mala, parte dos já lendários Digital Mystikz e dono da editora Deep Medi, tem se mantido bastante ocupado nos últimos tempos.

Além de estar a produzir o novo trabalho de Silkie ("City Limits Vol.2"), esta a dar os últimos retoques na nova compilação da editora "Deep Medi Releases Vol.3", sendo que ainda tem previsto o lançamento de um 12" com duas faixas pela editora de Pinch no dia 14 de Junho.

Garantido assim um verão fértil em boas edições.

Deep Medi Releases Volume 3 - Tracklisting
01. Clouds: Protecting Hands Part 2
02. Goth-Trad: Dark Path
03. Skream: Backwards
04. Truth: Stolen Children
05. Truth: Fatman
06. Skream: Shinein
07. Goth-Trad: S.A.T.U.R.N
08. Silkie: Sky’s The Limit
09. Quest: Stand
10. Quest: Eden
11. Silkie: Poltergeist
12. Clouds: Protecting Hands Part 1

domingo, 5 de junho de 2011

Knowledge 12 - The Qemists


"Quem tem imaginação, mas não tem cultura, possui asas, mas não tem pés."
(Joseph Joubert)

A jornada não para, e esta semana juntamos-nos aos The Qemists e vamos até ao fundo para descobrir muitos dos segredos em termos de produção, a não perder!



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Conselhos para melodias descartáveis 28


Muito se poderia dizer acerca do canadiano Venetian Snares, com uma discografia no excesso de 20 álbuns, inúmeros 12", EPs e outros tantos pseudónimos, Aaron Funk é provavelmente um dos artistas mais prolíferos da cena electrónica, com um catálogo maioritariamente centrado nos bpms do breakcore, com incursões por elementos ambientais e não só, não esquecendo o genial “Sabbath Dubs” de 2007 sobre o nome Snares, onde este remistura duas faixas de Black Sabbath em dois monstros Dubstep.





Vindo de alguém que já definiu a sua música como Surrealista, é interessante este EP ser chamado “Cubist Reggae”, talvez um termo que se aplicaria melhor ao todo do seu trabalho.

Além da desconstrução frenética de batidas, uma das características do som de Venetian Snares sempre foi o uso de compassos normalmente esquecidos pela música electrónica e aqui não é excepção.

A faixa de abertura “Ever Apparent All Being Shoulder” é um skanky reggae quebrado que desafia as ancas mais ginasticadas sendo provavelmente uma das faixas mais uplifting de Venetian Snares.

De seguida temos o arrastado e espacial som de “Where You Stopped The Heaviest”, esta faixa lembra por vezes os tais remixes de Black Sabbath e peca somente por se ficar por uns míseros 2m38s, aparte disso, inclui todas as características de um dub modernista e tenso, com atmosferas criadas por sons orquestrais processados por longos delays.

A segunda metade deste EP traz-nos o ponto alto “The Identification Circles Levitate”, novamente num modo mais skanky reggae quebrado, centrado em edits de guitarra e num subtil crescendo que culmina numa quebra espacial Burial-esca e de seguida transformando o tal inicial skanky reggae numa breve rave.

Este EP acaba em grande estilo num trabalho mais aproximado ao som de Venetian Snares baseando-se maioritariamente numa desconstrução de breaks, rnb e jazz numa viagem incessante de 4m30s onde os meticulosos edits são reis.

Venetian Snares nunca teria uma abordagem óbvia ao Reggae, e como na tradição cubista de Picasso e Georges Braque, apresenta uma recontextualização deste género, mostrando assim outros níveis e camadas que de outra forma não seriam ouvidos.

Abraços e até para a semana com o review de Buster

1Way