sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Happy New Year



O Take a Step to Dub agradece, a todos vós que desde do primeiro dia apoiaram este projecto.

Para não fugir a regra, e fazendo o balanço destes primeiros 71 dias de actividade:

Tivemos 31 post's,

Tivemos 1610 visitas de 3 continentes diferentes

Entre os quais:

Portugal 1150
Reino Unido 221
Estados Unidos 192
Holanda 22
Brasil 8
Alemanha 8
França 4
Suécia 2
Canadá 1
Dinamarca 1
Estônia 1

For all of you on that side
Thanks
A Great 2011


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Conselhos para melodias descartáveis 10

Porque não só de Dub vive um homem. Porque no meio de tanta música há pérolas que não conseguimos deixar de ouvir. Porque o que para mim é importante para outros é irrelevante.

13 porque 10 são poucos.



Gonjasufi – A Sufi And A Killer (Warp – Março)
Colaboração de dois super lunáticos, com uma mãozinha de
Flying Lotus. Traduz-se num disco que soa em partes iguais a psicadelismo, sampling obscuro e beats abstractos. Mais tarde resume-se num álbum de remixes ainda mais difícil de decifrar, com uma banda que ao vivo deixaria o Captain Beefheart orgulhoso.



Scorn – Refuse: Start Fires (Ohm Resistance – Agosto)
O eterno esquecido mestre do Dubstep, muito antes de alguém sonhar com o termo ou a sonoridade. Scorn oferece mais um capítulo das suas viagens industriais de extremo peso. Um dos álbuns mais intensos do ano que numa versão ao vivo toma proporções garganteias. Recomenda-se a audição em volume extremamente alto mas sem responsabilidade sobre quaisquer danos físicos ou materiais.



Teebs – Ardour (Brainfeeder – Outubro)
Flying Lotus só escolheria os melhores para a sua editora e este álbum ultrapassa qualquer presunção em relação a novas desconstruções do Hip hop. Poeirento, desconchavado mas de detalhes uniformes. Um passo em frente no novos beats de LA.



Walls – Walls (Kompakt – Maio)
Instrumentais compostos de forma livre, melodias clássicas do rock progressivo e psicadélico com laivos de experimentalismo. Despretensioso e raro dentro deste género musical. E uma contagiosa aposta da alemã Kompakt, fazendo parte da sua expansão em novos tipos de som.




Deftones – Diamond Eyes (Reprise – Maio)
Muito mais do que a habitual descarga de raiva juvenil, Diamond Eyes é um álbum sofisticado, serio e longe de quaisquer tipo de revivalismo. Veja-se como o som de uma banda que procura afastar os seus próprios fantasmas e a ser extremamente bem sucedida.



Food – Quiet Inlet (ecm – Abril)
Toda a simplicidade de um percussionista (Thomas Stronen) e um saxofonista (Iain Ballamy) que recusam quaisquer formas de virtuosismo e seguindo uma linha de contenção sublime. A contribuição de Christian Fennesz nas guitarras reafirma a soma final. Um avant-jazz com uma tonalidade gentil, estruturado por camadas de percussão, guitarra e saxofone, lembrando por vezes a sonoridade de Four Tet.



Wildbirds And Peacedrums – Rivers (Leaf – Agosto)
Como se a música deste dueto/casal sueco já não fosse sublime o suficiente, a contribuição dos génios Ben Frost e Valgeir Sigurosson (Bedroom Community) e ainda um coro, elevam a sonoridade dos Wildbirds And Peacedrums a um nível que parece apenas concretizavel no universo dos sonhos. Um álbum de uma inatingível e intocável beleza.



Marcel Dettmann – Dettmann (Ostgut Ton – Abril)
Tudo o que o Techno deve e não deve ser. Arriscado e preciso, Dettman é o teleporte perfeito para o interior do Berghain em Berlim. Denso, escuro, futurista e com uma alma que faz inveja a produções mais orgânicas. Aconselhado a quem ainda tem preconceitos com o Techno.



Deepchord Presents Echospace – Liumin (Modern Love – Junho)
Ligeiro distanciamento sonoro de um duo mais conhecido pelas incursões dub-techno, desta vez explorando a fundo o campo de field recordings, tendo por base a cidade de Tóquio. Um resultado interessante e inesperado, unindo dois géneros musicais onde os clichés abundam, injectando uma vida nova no Techno mais introspectivo.



Pale Sketcher – Jesu: Pale Sketches Demixed (Ghostly International – Agosto)
Mais um pseudónimo do prolifero Justin K. Broadrick (Godflesh, Jesu, etc) aqui vestido de cores mais electrónicas e a remisturar o álbum de 2007 Pale Sketches. Com uma identidade igualmente marcada, seguindo a mesma linha emocional e onírica de Jesu mas armado de fortes beats, guitarras substituídas por sintetizadores e construções mais pop. Brilhante como sempre!



Baths – Ceruleam (Anticon – July)
Projecto a sola do natural de Los Angeles, Will Wiesenfeld, situado algures entre os típicos beats da sua cidade natal e uma indie Pop simples, a que a Anticon nos habituou. Nunca estando completamente colado a nenhuma das duas referências, Ceruleam é maioritariamente um álbum Pop e gentil, perfeito nos dias quentes de 2010 e que se estendeu pelo Inverno.



ASC – Nothing Is Certain (NonPlus – Julho)
Num ano em que um retorno ao Drum n bass inteligente foi recheado de edições de alta qualidade, com um número cada vez maior de produtores de todo o mundo, foi o veterano ASC que deixou a maior marca, com um álbum repleto de sabores variados e super tecnológicos. De aventuras ambiente, Electro e até puros rollers, tudo se completa com naturalidade sem nunca se tornar forcado.



Digital Mystiks (Mala) – Return II Space (DMZ – Junho)
Muito provavelmente um dos álbuns mais esperados no Dubstep. Apesar de aficionados com expectativas em alta, Mala entrega um álbum curto mas conciso. Com sons meditativos do Dub mais intenso a transformarem-se em pontos luz, transportando o ouvinte para ambientes quentes. Uma prova de mestria e reafirmação de um dos grandes padrinhos do globalizado género Dubstep.

Desejo a todos os leitores e equipa do Take A Step To Dub um óptimo 2011 repleto de boa música.

Os Conselhos voltam em breve

1Way

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Music for free 02

Todo mundo fica um pouco mais generoso pela altura do Natal e dubsteppers não são diferentes.

Assim Stenchman oferece mais um álbum de graça para todos os seus fãs.



http://www.megaupload.com/?d=KQPRYYQ4

Joker e Tc também decidiram dar uma prenda aos seus fãs oferecendo para download a faixa It Aint Got A Name

http://www.youdunknow.co.uk/audio/tracks/Joker_and_TC_It_Aint_Got_A-Name.mp3

Para finalizar Truth disponibilizaram nesta quadra a faixa Perfect Combination, do seu mais recente LP Stranger then Fiction

FREE DOWNLOAD - Truth - "Perfect Combination" by Truth

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Conselhos para melodias descartáveis 09


Bem-vindos a minha última rubricam deste ano de 2010!

Fechando o ano com chave d'ouro, falo-vos do último lançamento da editora 'BLACK BOX', de 'DJ MADD', S L Shreeve e B Bigden (estes últimos mais conhecidos por 'KRYPTIC MINDS’)

Devido ao sucesso obtido no mundo do Drum’n’Bass e mais recentemente no Dubstep 'KRYPTIC MINDS' dispensam qualquer apresentação...

Já por sua vez DJ MADD poderá ser desconhecido por muitos, mesmo considerando o lançamento de vários dos seus temas por diversas editoras dentro do género Dubstep, datando já desde 2008.
Natural de Budapeste, cidade onde é introduzido ao Dubstep através das noites de Drum’n’Bass onde toca em inícios de 2007, DJ MADD transita de seguida para Bristol no Reino Unido onde lança o seu primeiro EP pela editora ‘BOKA’. Consecutivamente, o seu trabalho ganha mais relevância quando alguns dos seus temas são remisturados pelo francês 'VON-D' e também pelo britânico 'BREAKAGE', com o tema 'Someone' através da editora 'BLACK BOX'.
Mais recentemente e contribuindo para o seu ascendente reconhecimento, o seu tema 'Better with you' e remisturado por 'AKIRA KITESHI' mais uma vez através da editora 'BOKA') assim como o tema 'FLEX'D' remisturado por 'IKONIKA' na mesma editora, ambos com largo sucesso.

Voltando ao 12" em questão, este lançamento prenda-nos com dois temas cheios de 'sub-bass action' e 140 bpms de halfstep: de relevar o excelente rmx de 'Dub Marine' por 'KRYPTIC MINDS', que nos oferece o seu típico som repleto de atmosferas espaciais bombardeadas por meteoritos de bass e o tema 'Good Old Days' de DJ MADD, este ultimo sem dúvida mais lento mas igualmente obscuro, com toques de sci-fi e ritmos hipnóticos.
Plenos de divagações e narrativas psicadélicas, são estes dois temas essenciais para aqueles que como eu, apreciam um Dubstep mais expansivo, capaz de nos transportar para realidades paralelas e mundos alternativos!

Ate 2011!!!
Boas entradas para todos!!
And don't forget to 'Take a Step to Dub' in 2011
peace.

By Buster

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Greensleeves e VP remixadas













As editoras Greensleeves e VP irão (re) lançar os seus catálogos sobre a forma de remix por parte de alguns dos maiores nomes no Dubstep.

A & Red por Kris Jones, que tem trabalhado com o Digital Mystikz Mala no rótulo Deep Medi, a série será inaugurada em Janeiro pelos Horsepower Productions, remixando "Zunguzunguguzungguzeng' do lendário vocalista Yellowman [acima].

Mais informações brevemente.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Music for free


O Excision disponibilizou para download 10 heavy tracks via soundcloud.

Excision - The X Pack - Free Tunes 2010 by Excision

O Skrillex foi outro dos artistas a disponibilizar recentemente o seu ultimo Ep para download:



A não perder!!!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Conselhos para melodias descartáveis 08


Com lançamento no mesmo dia que o Fabric mix de Shackleton, Scientist Launches Dubstep Into Outer Space, é uma confirmação do estado actual do Dubstep, num ano em que rumores sobre a conquista (ou queda?) global do género, foram mais do que muitos, especialmente depois do mega sucesso do remix de Skream para a La Roux e Hyph Mango de Joy Orbinson.

O originário de Bristol, Pinch e a sua editora Tectonic tem editado Dubstep da mais alta qualidade, e este duplo álbum é bom um exemplo, posicionando-se já como um dos álbuns mais importantes da história do dubstep, ligando o género as suas origens Dub, apresentado por um dos maiores intervenientes, Scientist. O aprendiz de King Tubby, afirma que o consumo de marijuana lhe permitiu ouvir frequências que King Tubby não conseguia, Scientist entrou em contacto com o Dubstep recentemente quando tocou ao vivo com Pinch, ali forjando a ideia para este álbum. Este disco constitui-se por um primeiro disco de originais e um segundo disco de versões. Para amantes do vinil, de momento ainda só estão disponíveis as versões originais em 4Lps, em duplo CD as duas versões e em download separadamente.

As versões originais são o crème de la crème dos melhores produtores da primeira vaga de Dubstep, incluindo participações raras de Loefah e Armour (uma das metades de Vex’d que não seguiu a tendência wonky), e alguns nomes relativamente recentes como Guido e Jack Sparrow. A maioria das faixas é de origem dub old school que não são de todo estranhas a produtores mais antigos como RSD (já vindo dos dias de Smith & Mighty nos idos finais de 80 e inícios de 90) e Mala. É difícil fazer destaques com musicas tão fortes, embora sons mais old school como de Armour, ASBO (Loefah e Sgt. Pokes), Distance, e Cyrus competem com a típica intensidade de Shackleton, o half step de Mala e Pinch, o estilo dread bass de King Midas e o funky de Jack Sparrow e Kode9, deixando Guido o único mais ligado a sons mais quebrados e típicos hoje em dia.

No disco de versões, Scientist reforça a ideia do velho estilo dub e não existindo necessariamente remisturas, mas sim versões, umas funcionam melhor do que outras, com determinadas faixas que se dão mais a este tipo de versões. Bons exemplos, são as faixas de RSD (que poderia ter vindo directamente dos estúdios Channel One) a de Loefah ou a de Distance. Outras perdem algum do apelo original como no caso de Armour, onde a tarola dirigida ao peito do original, esta de certa forma apagada em eco, a de Guido, onde a diferença e bastante subtil, mas havendo outras como a de Shackleton e King Midas onde a intensidade e duplicada e leva os originais a níveis surpreendentemente profundos.

Resumindo, esta e uma colaboração que funciona quase na perfeição, se por um lado temos os maiores nomes do Dubstep a fornecerem faixas tão fortes e centradas num tipo de som infelizmente raramente visto hoje em dia neste género, por outro, temos um dos mais importantes influenciadores ainda vivo a trabalhar estas faixas em verdadeiro estilo Dub roots jamaicano, transformando esta colecção num quase livro de historia do Dub, onde seria interessante ver de seguida os mesmos protagonistas a trabalharem em faixas de Scientist.

Abraços e ate para a semana

1Way

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Especial Dubstep


A BBC Radio e a BBC Radio 1Xtra irão no próximo sábado dia 11 de Dezembro dedicar 12 horas de programação ao Dubstep.

Este especial de Dubstep ira contar com entrevistas a alguns dos principais nomes do género, bem como um soundclashing entre as maiores crews para ver quem é a número 1.

Este especial começa as 19:00 com MistaJam e Annie Mac num programa especial de duas horas onde irão apresentar The Sound of Dubstep 2010.

As 21:00 MistaJam ira apresentar o Dubstep Soundclash, que contara com a presença de 4 crews, numa batalha de malhas pela coroação final, sendo o resultado anunciado as 23:00.

As 23:00 Benji B toma conta das rédeas e conta a Historia Musical do Dubstep, aqui ira ser explorado o crescimento do género ao longo dos últimos dez anos e como foi as tentativas de definir uma faixa de Dubstep pela primeira vez.

A partir da 01:00 o especial continua na 1Xtra com um olhar sobre que artistas irão explodir em 2011.

As 03:00 um especial B2B entre os maiores Djs de Dubstep (disponível para download no site da 1Xtra após o show).

Finalmente na Radio1 e na 1Xtra das 04:00 - 07:00, Ras Kwame vai rever alguns dos maiores momentos como entrevistas, dj mixes e live sessions.

Definitivamente uma noite a não perder!