quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

6 Dias 7 vozes - 2016


Aproxima-se o fim do ano e com alguma nostalgia, esta é também a altura mais propícia para tal e qual, qualquer estabelecimento comercial, começar a avaliar o ano que passou, e fazer o balanço & inventário do que ficou para trás.  

Vai dai convidamos 7 membros da família bass nacional, a dar-nos o seu feedback e a fazer um pequeno balanço do universo Bass em 2016.


Take a step to Dub - Boas 3WA, que analise fazes da cena Dubstep em 2016?

3WA - Ao longo destes últimos anos, o Dubstep tem sido saturado com tanta musica, que o pessoal se cansou e virou para outra vertente.  Quem sentia de verdade as basslines com um sub potente em 140 bpms ficou, quem estava só pelo hype e foi para outra coisa… agradeço, fizeram com que o Dubstep voltasse as origens.

Este ano ouvi tantas releases com grande qualidade de produção musical, e coisas diferentes umas das outras, este ano acho que houve diversidade, por isso o Dubstep está bom de saúde e recomenda-se! 

TSD - No teu entender, quais foram os nomes e trabalhos(álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o ultimo ano?

3WA - Ui tanta coisa que de certeza me vou esquecer de algo, mas aqui fica alguns nomes de EP’s e artistas(sem ordem) : 

Bukez Finezt - The Main Rule/Unknown Force (Deep Medi)
Samba - Malignat EP (Crucial Recordings) e o EP dele na Encrypted Audio.
Foamplate – Tabula/Deadly Habit (Plantpower) 
Causa & Shu – Dubhelmet EP (Infernal Sounds)
Sepia - Remenber (Infernal Sounds)
Von D/Egoless – Analog Sound/Bubble Beat (Scrub a Dub)
Moonstones – Mutations EP (Gourmet Beats) e Moonstones  - Yen Pox/Inland (Crucial Recordings)
RDG & Gaze Ill – Keepin It Real (Cue Line Records)
Ago – Blacklas EP (Subaltern Records)

E um que ainda vai sair em Dezembro: Karma-Terrorist/Cha/Vacant Mind (Innamind Recordings)

Fora o resto que me esqueci de certeza…

TSD - O que esperas para 2017?

3WA - Espero que se mantenha assim, mas aqui no pequeno Portugal espero que abram os horizontes e apostem no Dubstep, desde que as estejam na festa se sintam bem e gostem do ambiente e da musica, por mim tudo bem.

É mais um desejo isto, mas sonhar é viver. :)


Porque não há cena sem fãs e publico, esta semana desafiamos o Marcelo Oliveira e Eduardo Martins a analisar 2016. 

Take a step to Dub:

Que análise fazes da cena Bass em 2016? 


No teu entender, quais foram os nomes e trabalhos (álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o ultimo ano? 

O que esperas para 2017? 

Marcelo Oliveira - De 2016 a primeira coisa que me vem a cabeça, é que isto esta a ficar estranhamente bom. O álbum do Commodo, o estabelecimento de editoras como a Crucial e a Encrypted Audio, bem como a continuidade da ArtiKal, da Innamind e Deepmedi puxaram o som a novos horizontes, sendo que em 2017 não me parece que isto vá abrandar. 

Eduardo Martins - Em termos da cena Bass, sou um pouco mais virado para cenas mais "housey", portanto inclino-me mais para um UKGarage 4x4, sendo que este ano gostei das produções de projectos como Clean Bandit, Valk ou Selidos, por outro lado o 12" de Burial(Young Death) que sai agora no final do ano, também me deixou bastante agradado. Para 2017 só posso esperar que a qualidade e força continue, e que aqui em Portugal também existam mais eventos com este tipo de som.

De Coimbra para o mundo via Rádio Universidade de Coimbra e esta semana para o Take a step to Dub, Dubplate

Take a step to Dub - Boas pessoal, que análise fazem do universo Bass em 2016? 

Dubplate - 2016 foi um ano positivo para o Dubstep e para o Grime, com óptimos novos trabalhos a sair e várias editoras a marcarem a sua posição de modo muito positivo. 

TSD - No vosso entender, quais foram os nomes e trabalhos (álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o ultimo ano? 

D - A editora que mais nos surpreendeu foi a Innamind, com o lançamento dos 12'' do Mikael e do Las e do mítico “Terrorist” do Karma que já está em pre-order, a Crucial Recordings, também nos marcou, editora para a qual 2016 foi um ano marcado por lançamentos cheios de qualidade. 

O “FABRICLIVE 90” da dupla Kahn & Neek consegue certamente representar este ano no que toca a dubplates e novidades no Dubstep, assim como a compilação “Grime 2016” da Elijah & Skilliam consegue representar fielmente o Grime. 

Obviamente também não podemos deixar passar as boas novidades no mundo do Grime, onde destacamos claramente o intemporal “Konnichiwa” do Skepta, álbum que claramente ficará sempre na história e o “Iceman/Box” do The Bug, que consideramos o melhor 12'' deste ano de 2016. 

Também temos que mencionar a noite 10 years of Deep Medi Musik, dado que foi um marco histórico para o Dubstep. bem como referir Mr. Fr0g e Adam Vyt, grande LP deste ano, super energético e com grandes remisturas de bangers, transformadas em bangers ainda maiores (em particular a "Let Me Love You for Tonight", da Kariya, pelo Vyt assim como da "Jam", original do Michael Jackson), é um regresso à euforia dos finais de 90. 

Outro a ser destacado é o EP "Groovepressure 13", os A², depois de uma pausa desde 2004 e com um lançamento no ano passado ("Resurgence EP"), regressaram este ano com breaks modernos e reinventados, sem nunca se dissociar da raiz de onde cresceram, mantendo-se também fiéis à escola dos 90s, mas à sua maneira, muito própria. 

Por fim, o "Shred LP" de Skee Mask, lançado este ano, mais focado na repetição do techno, mas com tentativas de desenjoar , implementando alguns temas com raízes de breakbeat ou que simplesmente tentam abalar a típica estrutura do techno, aqui é mitigada a linha que divide a sua repetição das quebras do breakbeat, sempre com um ambiente negro e envolvente, com destaque para o tema "Shred 08". 

TSD - O que esperam para 2017? 

D - Esperamos que 2017 seja ainda melhor que o presente ano. 
Se for capaz de se manter na mesma linha também ficaremos muito satisfeitos.



 Para esta semana, convidamos o pessoal do Mais Baixo, assumir a batuta e analisar 2016.

Take a step to Dub - Boas pessoal, que análise fazem da cena Bass em 2016?

Mais Baixo - Mais um ano extremamente positivo para a cena bass portuguesa, sendo que no início do ano lançamos a complicação "Portuguese Deep Frequencies Vol.2", que é prova disso mesmo.

TSD - No vosso entender, quais foram os nomes e trabalhos (álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o ultimo ano?

MB - 

Dubstep
Versa - Dub of Existance (System)
Sir Spyro - Topper Top (Deep Medi)
LAS - Gunfam / This Morning (Innamind)
JKenzo - Battlefield / Zbuntu Shake (Artikal)
Malleus & Saule - Bad Kids EP (Gourmet Beats)

Other
TMSV - Over Out
Fixate - March On
DJ Madd - Shinobi EP
Neurotoxin - Vitrification EP 
VA - OM Unit presents Cosmology Vol.3

TSD - O que esperam para 2017?

MB - Vamos entrar em grande, a começar com um programa na bi-mensal na Sub.FM quartas das 18H-20H.


Take a step to Dub - Boas Buster, que análise fazes da cena Dubstep em 2016?

Buster - Ora boas!

Antes de mais nada, acho que cada vez mais a música que ouvimos e gostamos, não está generalizada na palavra Dubstep nem numa determinada "cena", mas no momento abrange um espectro bem variado de sonoridades onde os BPM e os basslines são o factor comum.

Deep Bass music??Soundystem music?? Talvez sejam denominações mais correctas para este tipo de som, que mais recentemente  cresceu a partir do Dubstep e se desenvolveu em diferentes direcções.

 2016 foi um ano onde isso aconteceu mais intensamente, com produtores como o Commodo,Kahn,DMVU,Fill Spectre,Spacenoise,Ill-K a produzirem música à qual se pode chamar Dubstep, mas que ao mesmo tempo é algo completamente novo.

Na minha opinião, 2016 foi um ano onde o hype por este tipo de som diminuiu bastante e fez com que todos os que realmente apreciam estas sonoridades,continuem a contribuir para a mesma,seja a produzir, a tocar ou simplesmente apoiar os artistas e editoras.

TSD - No teu entender, quais foram os nomes e trabalhos (álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o último ano?

B - Houve  vários lançamentos este ano que me chamaram a atenção, demasiados até para mencionar aqui todos, mas aqui fica o meu top 5:
KAIJU - Seven Sins LP - DeepMedi
V/A - System Sound EP - System Music
TRUTH - The Devil's Game EP - Deep,Dark and Dangerous
OXOSSI - Solace - Crucial Recordings
FLOWDAN - Horror Show Style EP - Tru Thoughts

TSD - O que esperas para 2017?

B - Muito boa música e que se continue a fazer música neste género, sempre a tentar levar as coisa um passo à frente duma maneira positiva, para que todos aqueles que a ouvem sintam que não está estagnada e sintam curiosidade pelo que vem a seguir.


Trinta e um dias depois, a nossa dissecação chega finalmente ao fim, mas não sem antes receber a malta da Substruct!

Take a step to Dub - Boas, que análise fazem do universo Bass em 2016?

Substruct - Por cá considerámos o ano de 2016 uma espécie de ano de mudança, a transformação natural que trás a diversidade que é necessária para o bem estar da scene ao qual espero que continue. No que nos toca a nós, utilizamos o ano de 2016 para redefinir a nossa marca e objectivos a fim de continuar a oferecer sonoridades únicas ao universo bass, e não só. 

TSD - No vosso entender, quais foram os nomes e trabalhos (álbuns, Eps, 12", etc), que mais se destacaram durante o ultimo ano?

S - Sem qualquer ordem de preferência: 

Bass
Ago - Backlash EP
Silkie - It Wasn't You EP
Swindle - Connecta EP
Chord Marauders - Groove Booty 4
Sorrow - Arisen EP
Kaiju - Seven Sins LP
Commodo - How What Time LP
Kercha - Into The Wild LP

Outros
Anderson Paak - Malibu LP
Flume - Skin LP
Sam Gellaitry - Escapism I / II EP
Geotheory - Tales Untold EP
Starro - Monday LP
Made in M & Juan Rios - Sumergido LP
Monma - WakeUp LP
Kendrick Lamar - Untitled Unmastered
DMVU x Ill Chill - Green Tape 

TSD - O que esperam para 2017?

S - Nós temos-nos portado bem, portanto vou deixar aqui a nossa wishlist:

- Um venue em Lisboa que esteja disposto a apostar na bass music, visto que tem sido quase um inferno para conseguir organizar algum evento digamos, grande. Não sabemos o que têm pensado as pessoas, mas vontade é coisa que não falta. 

- Mais boa música, mais diversificação.

Agora, o que podem esperar de nós para 2017 é um pouco mais promissor, este ano tivemos mais parados porque estivemos a preparar-nos para 2017. 

Por agora podemos apenas dizer que iremos apresentar o LP de estreia de Gerwin, num álbum sem regras que conta com colaborações com produtores bastante conceituados, cantores/as, instrumentistas, etc, não se preocupem, vai sair em vinil! Para além disto ainda temos mais 2 LP's a cozinhar, mas isso ficará para outra oportunidade. 

Muito obrigado pelo convite e boas entradas/saídas.

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